sexta-feira, 1 de abril de 2011

Das Dores - III

Minha boca, novamente ferida. Dessa vez, é a marca de teus dentes. Tu, animal faminto, a se alimentar. Eu, criança, igualmente bicho. Nós e nossos beijos transformados em mordidas.

Sempre fomos incapazes de enxergar o que separa a sedução do sofrimento. Teu amor tem gosto de sangue.

Florentino

Às vezes, nas madrugadas, tenho vontade de chorar por todos os meus momentos de Florentino Ariza. Um Florentino que jamais envelheceu.